O Cazaquistão entrou na briga pelo meio ambiente: o país anunciou recentemente que pretende receber imigrantes da vizinha Rússia, os ameaçados tigres de Amur (também conhecidos como tigres siberianos).
A população mundial de tigres selvagens está à beira da extinção, e, de acordo com algumas estimativas, apenas 3.200 felinos ainda existem, em 13 países na Ásia oriental e meridional. Se o plano do Cazaquistão der certo, os tigres aumentariam sua casa para 14 países diferentes, o que beneficia a população de tigres global.
O governo do Cazaquistão manifestou interesse em reintroduzir tigres ao país em março. Representantes da organização conservacionista WWF e representantes da Rússia afirmaram que desde então um plano está sendo desenvolvido.
Com uma vasta área de estepes (terra plana e aberta, que cobre grandes faixas da Ásia central), o Cazaquistão já foi o lar de tigres-do-cáspio, uma das nove subespécies de tigre, que desapareceu na época da república soviética, no final de 1970, extintos pela caça ilegal e perda de habitat.
A ideia atual é reintroduzir o tigre siberiano na área ao redor do lago Balkhash, perto do delta do rio Ili, no sudeste do Cazaquistão. Com um plano forte e proteção adequada, os tigres poderão voltar a correr pelas florestas e paisagens da Ásia Central.
Os ambientalistas acreditam que os tigres de Amur são bem adequados para prosperar na região, que possui aproximadamente um milhão de hectares de habitat apropriado ao animal.
Recentes pesquisas genéticas, conduzidas por sequenciamento de DNA coletado de espécimes extintas de tigre-do-cáspio, revelaram que as subespécies da Ásia Central são extremamente parecidas com seus primos do Extremo Oriente.
Na verdade, embora os tigres-do-cáspio fossem tipicamente um pouco menores, seu DNA difere dos tigres siberianos apenas por uma única letra do código genético.
Desde a primeira discussão sobre a proteção dos tigres, organizada pela Rússia em 2010, todos os 13 países onde ainda há tigre assinaram um plano de longo prazo para salvá-los, e dobrar sua população até 2022, o próximo ano do tigre de acordo com o zodíaco chinês.