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Cientistas descobrem tipo mais pesado de antimatéria

28/04/2011






Os cientistas acreditam que, para cada partícula de matéria, existe uma partícula de antimatéria com a mesma massa, mas carga oposta. O problema é que quando as duas entram em contato, se aniquilam. Isto dá origem a um dos grandes mistérios da física: por que o nosso universo parece ser feito inteiramente apenas de matéria?
O Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC, na sigla em inglês) do Laboratório Nacional de Brookhaven, nos Estados Unidos, é um acelerador de partículas onde núcleos de átomos colidem, de frente, perto da velocidade da luz.
Isso simula as condições logo após o Big Bang, numa altura em que os cientistas pensam que o universo estava rodando com quantidades iguais de matéria e antimatéria.
Das quase um bilhão de colisões atômicas feitas no RHIC, os pesquisadores detectaram 18 exemplos de assinatura exclusiva do núcleo antihélio-4. Um núcleo de hélio normal tem dois prótons e dois nêutrons. Um núcleo de antihélio-4 é a antimatéria do hélio: tem dois antiprótons e dois antinêutrons.
Quanto mais pesadas forem as partículas de antimatéria, mais energia é necessária para criá-las, e como tal, as antipartículas mais comuns são geralmente as menos maciças. Não é o caso do antihélio, que é a antipartícula mais pesada já vista em um acelerador.
Depois do antihélio, o núcleo estável de antimatéria mais próximo seria o antilítio, e a taxa de produção do antilítio em um acelerador é dois milhões de vezes menor do que o antihélio.
Para procurar antipartículas mais pesadas, um experimento no Espectrômetro Magnético Alfa (AMS, na sigla em inglês) está programado para o final de abril. A missão é da Estação Espacial Internacional, e sua parte principal é procurar galáxias distantes inteiramente feitas de antimatéria.
Segundo os pesquisadores, uma observação de antihélio-4 no experimento AMS poderia indicar a existência de grandes quantidades de antimatéria, de alguma forma segregadas da matéria no nosso universo. 

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