O maior acelerador de partículas do mundo, o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), estabeleceu um novo recorde mundial por colidir os dois feixes com mais partículas até agora.
O evento ocorreu dia 22 de abril. A intensidade do feixe chegou a uma luminosidade de 4.67 x 1032 cm-2s-1, maior do que o recorde anterior de 4.024 x 1032cm-2s-1, definido pelo segundo maior colisor de átomos do mundo, que fica nos EUA, em 2010.
O LHC fica no laboratório de física CERN, em Genebra, na Suíça. Ele opera desde 2009, e vem evoluindo em níveis de energia e intensidade de seus feixes de partículas.
A intensidade do feixe é uma medida de luminosidade, que corresponde a quantas partículas – neste caso, prótons – são armazenadas em cada feixe. Quanto mais prótons forem acelerados ao longo do loop de 27 km do LHC, maiores são as chances de dois prótons colidirem de frente.
Essas colisões são o objetivo do LHC; a partir delas, partículas exóticas, algumas das quais nunca vistas antes, podem ser produzidas e medidas.
Ou seja, a intensidade do feixe é a chave para o sucesso do LHC, então a alta intensidade conquistada significa mais dados, e mais dados significam um maior potencial de descoberta.
Os cientistas querem criar tantas colisões quanto forem possíveis, porque algumas das partículas que eles estão procurando são extremamente raras, e só aparecerão aleatoriamente.
Um exemplo é a partícula Bóson de Higgs, que os físicos acreditam que carrega outras partículas com massa. Ela é teorizada, mas nunca foi detectada. Se de fato existir, será criada no LHC eventualmente.
Graças às novas intensidades do LHC, os físicos poderão saber em breve se o Bóson de Higgs existe ou não. [LiveScience]